O balanço da greve dos trabalhadores dos impostos feito pelo Sindicato aponta para o encerramento de 65 a 75 por cento das Repartições de Finanças. O Ministério das Finanças diz que a greve teve uma adesão de 26,6 por cento.
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A greve dos trabalhadores dos impostos causou o encerramento de 65 a 75 por cento das repartições de Finanças e tesourarias em todo o país. Estes números são do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que revela ainda a maior incidência da paralisação nos grandes centros urbanos, em especial em Lisboa, Porto, Aveiro e Braga.
Ao início da noite, em comunicado, o Ministério das Finanças anunciou que a greve teve uma adesão de 26,6 por cento, percentagem calculada «face ao total de efectivos da Direcção Geral de Impostos».
Esta greve, bem como a tolerância de ponto concedida para terça-feira, levou o Ministério das Finanças a manter o perdão fiscal dos juros nos pagamentos de dívidas ao fisco e à Segurança Social efectuados até sexta-feira, 3 de Janeiro.
José Medeiros, presidente do STI, considerou este «alargamento do prazo» do programa de regularização das dívidas fiscais como uma «benesse para os incumpridores» e uma «afronta para os contribuintes que pagam a tempo e horas».
Em declarações à TSF aquele responsável sindical disse que o alargamento do prazo revela falta de «firmeza» da ministra das Finanças, estranhando esta cedência depois da ministra ter «demonstrado firmeza nas suas decisões» e gasto milhões em spots publicitários.