Os sindicatos da Função Pública estimam em cerca de 85 por cento a adesão dos trabalhadores à greve nacional do sector, valores que não ultrapassam os 10 por cento na análise do Governo.
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Francisco Brás, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), disse hoje à agência Lusa que os números apontam para uma adesão a rondar os 85 por cento.
Por seu turno, fonte do Ministério das Finanças afirmou à Lusa que a adesão se situa entre os oito e os 10 por cento, referindo que o sector da saúde é o mais afectado.
A secretária de Estado da Administração Pública, Suzana Toscano, considerou «baixos» os índices de adesão à greve decretada na Função Pública, assegurando que a reforma do sector «vai continuar» e tem o apoio da maioria dos portugueses.
O comentário da secretária de Estado da Administração Pública foi feito na Assembleia da República, após a aprovação do Orçamento de Estado para 2004 em votação final global.
Suzana Toscano disse recusar-se «a entrar em qualquer guerra de números» sobre os índices de adesão à greve, mas classificou como «absolutamente irrealista» a estimativa avançada pelos sindicatos.
A greve de 24 horas, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, visa contestar a reforma do sector, nomeadamente no que diz respeito à progressão da carreira e ao estatuto de aposentação.
A Frente Comum reivindica também aumentos salariais de 5,5 por cento para 2004.
Os efeitos da greve fazem sentir-se desde as 00:00 de hoje de Norte a Sul do país e nas regiões autónomas.
Os serviços de recolha do lixo e o sector da saúde, que registam uma adesão de 100 por cento em alguns concelhos, são os sectores mais afectados, de acordo com os sindicatos.