O banco Société Generale foi alvo de uma fraude de cinco mil milhões de euros. O Banco de França já anunciou a abertura de um inquérito a esta situação e os accionistas deste que é um dos três maiores bancos franceses já apresentaram queixa.
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O banco Société Generale foi alvo de uma fraude na ordem dos cinco mil milhões de euros, descoberta no sábado e que provocada por um dos seus funcionários, que operava em Paris.
Daniel Bouton, presidente deste banco, um dos três maiores de França, admitiu que esta «fraude interna de uma amplitude considerável foi cometida por um colaborador», que foi despedido e contra o qual vai ser emitida uma queixa.
Segundo o banco, este funcionário beneficiou do seu «conhecimento aprofundado dos procedimentos de controlo» para «disfarçar as suas posições graças a uma montagem elaborada de transacções fictícias».
Em conferência de imprensa, Bouton reconheceu que este funcionário escapou a todos os «procedimentos de controlo».
«Apresento as minhas desculpas a todos os acionistas e em particular aos acionistas assalariados», acrescentou Bouton, que confirmou que os responsável pelas actividades do banco a nível mundial foi também despedido.
O Banco de França, que confirmou ter sido informado imediatamente sobre este caso, já anunciou um inquérito a este caso no sentido de se «examinar as condições em que esta fraude foi cometida».
Entretanto, o advogado que representa cerca de uma centena de accionistas deste banco anunciou que já foi apresentada uma queixa em que se fala em «roubo por meios fraudulentos, abuso de confiança, falsidade, cumplicidade e receptação».
Em declarações à AFP, Frederik-Karel Canoy explicou que os seus clientes, na sua maioria franceses e belgas, terão «provavelmente perdido a totalidade das suas acções» e por isso agiram de forma rápida perante estas notícias.
Para além desta situação, o Société Generale anunciou também que a crise dos subprime nos EUA, preponderante na actual crise das bolsas mundiais, provocou um prejuízo a este banco de aproximadamente dois mil milhões de euros.
Perante estas duas questões, este banco francês estima que poderá registar perdas no valor de sete mil milhões de euros, naquela que será uma das perdas mais colossais da história financeira mundial.
Para fazer face a estas perdas, o banco anunciou, em comunicado, que vai proceder a um aumento de capital de 5,5 mil milhões de euros nas próximas semanas.