Os sócios do Benfica aprovaram por clara maioria, em Assembleia Geral (AG), a instauração de um processo disciplinar a João Vale e Azevedo, tendo em vista a «exclusão» do antigo presidente dos «encarnados» do clube.
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Os cerca de 200 sócios presentes no Pavilhão nº 1 do Estádio da Luz disseram sim à proposta da direcção, com 2.394 votos a favor, 1.592 contra e 19 abstenções.
A direcção aceitou o repto lançado por Tinoco de Faria, presidente da Mesa da Assembleia Geral, mas manteve a expressão «com vista à exclusão» no pedido de processo disciplinar instaurado ao antigo presidente do Benfica.
No entanto, os sócios do emblema das «águias» chumbaram uma outra proposta, apresentada por um grupo de sócios na AG de 09 de Julho, que previa a abertura de processos disciplinares a Vale e Azevedo e aos 13 membros dos órgãos sociais do antigo presidente «encarnado», entre 1997 e 2000.
Luís Filipe Vieira explicou que, do seu ponto de vista, houve pessoas «que nada tiveram a ver com o desastre que se abateu sobre».
Por outro lado, o presidente dos «encarnados» negou a ideia de ser movido por «ódios pessoais» e pediu para os associados benfiquistas não verem na proposta «uma tentativa de vingança».
Vale e Azevedo terá de responder perante um jurista independente, tal como foi classificado por Luís Filipe Vieira, por alegados «ilícitos disciplinares praticados durante a gestão» no comando do clube lisboeta.
O antigo presidente do Benfica, que saiu em liberdade em Julho, foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão no âmbito do designado processo Ovchinnikov e responde em tribunal pela venda da urbanização Sul, ao abrigo do processo Euroárea.