O primeiro-ministro reiterou, esta quinta-feira, a tese de que a ministra da Saúde, Ana Jorge, não criticou o recente acordo entre o Hospital da Luz (privado) e a ADSE, tutelada pelo Ministério das Finanças.
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Durante o debate da moção de censura, o CDS e o BE fizeram várias intervenções a confrontar José Sócrates com o facto de a ministra da Saúde ter «lamentado» o acordo entre o Hospital da Luz e a ADSE.
No entanto, o primeiro-ministro contrariou esta versão e apresentou outra explicação para as palavras de Ana Jorge.
«O que a senhora ministra [da Saúde] disse foi que seria lamentável se o Serviço Nacional de Saúde não estivesse presente também nas convenções da ADSE, mas acontece que está», declarou José Sócrates no final do debate da moção de censura do PCP ao Governo.
Segundo o primeiro-ministro, a ADSE «fixa um quadro genérico, em que se quantifica quanto se paga por acto médico» e «depois as instituições públicas e privadas aderem» se assim entenderem.
Estas explicações, contudo, não convenceram o Bloco de Esquerda, com Francisco Louçã a afirmar que a ministra «lamentou» o acordo.