José Sócrates afirmou, este sábado, que o PS quer uma revisão constitucional para evitar o risco de um novo «chumbo» da pergunta do referendo sobre o Tratado da Constituição Europeia.
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«Desta vez vai haver referendo. Já no passado se prometeu um referendo e não se fez. Agora já não podemos correr o risco de um novo "chumbo" da pergunta", referiu José Sócrates, numa acção de pré-campanha eleitoral na Rua de Santa Catarina, no Porto.
O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a pergunta aprovada pela Assembleia da República sobre o referendo ao Tratado da Constituição Europeia, o que levou já o PSD e o PS a decidirem abrir na próxima legislatura um processo de revisão constitucional extraordinário.
Os dois maiores partidos pretendem alterar o artigo da Constituição que impede a aprovação de tratados internacionais através de consultas populares.
A visita de José Sócrates ao Porto começou no típico «Café Majestic», onde se juntaram ao líder socialista os presidentes dos órgãos concelhio e distrital do partido, Nuno Cardoso e Francisco Assis, respectivamente, bem como Fernando Gomes, José Lello, Carlos Lage, Castro Fernandes e Orlando Gaspar.
Apesar da insistência dos jornalistas, José Sócrates escusou-se a revelar que candidato à Câmara do Porto o PS pretende apresentar, alegando que «não se devem confundir prioridades».
«Não é bom para a democracia misturar as coisas. Estamos concentrados nas eleições legislativas. Haverá muito tempo para falar sobre as autárquicas», disse.