O primeiro-ministro relativizou, este domingo, o número de professores que se manifestaram sábado em Lisboa, contra as políticas educativas do Governo, e garantiu que a continuação da ministra da Educação «nunca esteve em causa».
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«O que me convence não é a força dos números, é a força da razão», afirmou José Sócrates quando confrontado pelos jornalistas com o número de professores que se juntaram em Lisboa contra o sistema de avaliação.
Um dia depois de cerca de 100 mil professores se terem feito uma marcha da indignação contra Maria de Lurdes Rodrigues, exigindo a sua demissão, José Sócrates disse respeitar a manifestação mas garantiu que vai manter a ministra.
«A saída da ministra não está, nem nunca esteve em causa», disse, no final de um encontro de jovens da área da esquerda progressista, «Geração de Ideias», alguns deles do PS, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Para o chefe do Governo e secretário-geral do PS, a ministra «está a fazer um trabalho muito importante, de mudança» na educação.
Sócrates recusou a ideia de recuar no sistema de avaliação - uma das principais motivos de contestação dos professores - com o argumento de que é uma reforma em que acredita.
«Não posso recuar naquilo em que acredito e em que estou absolutamente convencido», frisou, lembrando que as reformas dos últimos três anos de governação socialista na educação já deram resultados, com o aumento do número de alunos no secundário ou no sucesso escolar.