O primeiro-ministro, José Sócrates, reúne-se esta tarde com o grupo parlamentar do PS, na Assembleia da República, para apresentar e discutir com os deputados a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2007.
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Na quarta-feira será a vez do ministro da Saúde, Correia de Campos, se encontrar com os deputados socialistas para discutir as políticas e dinheiros para o sector.
O Orçamento do Estado (OE) para 2007 prevê um crescimento de 1,8 por cento, uma taxa de inflação de 2,1 e uma descida do défice para 3,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Após a entrega da proposta na Assembleia da República, segunda-feira, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou que o OE proposto «continua a ser de rigor e orientado para o crescimento da economia portuguesa».
O presidente da Confederação do Turismo Português, Atílio Forte, subscreveu totalmente as palavras de Teixeira dos Santos, considerando a proposta apresentada pelo Governo um trabalho «sério de consolidação das Finanças Públicas».
Opinião diferente tem o secretário-geral da CGTP que acusou o Governo de ter feito «uma opção negativa, porque as pessoas estão ausentes».
Carvalho da Silva que não se alargou em grandes comentários por ainda não ter feito uma análise detalhada do documento lamentou que na proposta do executivo «apenas estejam presentes as dimensões económica e financeira», esquecendo-se a vertente humana.
O dirigente sindicial considerou ainda que a proposta do Governo «será muito dura», porque «não tem em consideração as condições de vida e de trabalho da generalidade dos portugueses» e prossegue na «paranóia» da redução do défice.
A UGT afirmou, por sua vez, que o OE 2007 continua a ter como objectivo central a consolidação orçamental, que «não deve ser feita a qualquer custo», em detrimento do crescimento económico e do emprego.
Também a redução da taxa de inflação de 2,5 por cento, em 2006, para 2,1 por cento, em 2007, é, segundo a UGT, «uma meta irrealista», tendo em conta que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou segunda-feira que a inflação média situou-se nos 3,1 por cento em Agosto.