Os primeiros testes, hoje divulgados, feitos aos soldados espanhóis em serviço no Kosovo deram resultado negativo.
Corpo do artigo
A Espanha já examinou 5 mil dos 32 mil militares que estiveram nos Balcãs desde 1992. Nos primeiros testes à radioactividade os resultados foram negativos. O Ministério da Defesa de Espanha está a verificar todos os soldados que estiveram expostos a níveis perigosos de
radiação de munições de urânio empobrecido utilizadas pelos caças
norte-americanos no Kosovo, no ano passado.
Segundo os responsáveis militares espanhóis todos os efectivos que regressam a Espanha são submetidos a exames médicos de rotina, mas, estes testes destinam-se especificamente a identificar radiações de urânio.
Entretanto, o ministro da Defesa de Portugal, Júlio Castro Caldas, declarou esta terça-feira, que vai enviar uma equipa de especialistas ao Kosovo para
verificação dos níveis de radiação em áreas bombardeadas, mas não
tenciona examinar os 330 soldados estacionados na região.
O pânico radioactivo instalou-se depois de a NATO ter sido informada, no
início deste ano, de que os caças norte-americanos utilizados para a
operação no Kosovo tinham utilizado munições com invólucros contendo urânio empobrecido.
O urânio empobrecido, que é ligeiramente menos radioactivo do
que o urânio natural, é muito mais denso do que o chumbo. Usado em
balas ou ogivas, pode destruir artilharia pesada.