A uma semana exacta antes de deixar o cargo Souto Moura, esta segunda-feira, em Braga, confessou que teve um mandato «conturbado» enquanto Procurador-geral da República mas promete olhar para trás com «um sorriso nos lábios».
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Na Universidade do Minho, no final de uma conferência perante dezenas de professores e alunos, Souto Moura confessou que não soube lidar bem com a comunicação social.
«Não vou culpar a comunicação social, mas a verdade é que era esperado à porta de casa por jornalistas que, depois, me criticavam por ter dito uma simples frase que era interpretada de outra maneira», afirmou.
Souto Moura reconheceu que teve um mandato «conturbado e com processos complicados», mas ironizou a situação dizendo que, «se fosse agora contrataria 200 assessores de imagem e 300 de imprensa».
O Procurador, que se escusou a adiantar o teor do encontro, terça-feira, com o Presidente da República, Cavaco Silva - a seu pedido - disse que tem «facilidade em transformar certos momentos difíceis num sorriso».
Igualdade da lei perante os cidadãos e a dignificação da posição dos magistrados. São estas as duas conquistas que Souto Moura reclama para estes seis anos na Procuradoria-Geral da República.
Cavaco Silva recebe amanhã o ainda Procurador-Geral da República, Souto Moura. O encontro está marcado para o meio-dia e acontece a pedido de Souto Moura. Esta será uma reunião de despedidas. No dia nove, exactamente de hoje a uma semana, Souto Moura é substituído no cargo pelo Juiz Conselheiro Pinto Monteiro.
O Procurador, que se escusou a adiantar o teor do encontro, terça-feira, com o Presidente da República, Cavaco Silva - a seu pedido - disse que tem «facilidade em transformar certos momentos difíceis num sorriso».
Igualdade da lei perante os cidadãos e a dignificação da posição dos magistrados. São estas as duas conquistas que Souto Moura reclama para estes seis anos na Procuradoria-Geral da República.