A direcção da Sociedade Portuguesa de Autores suspendeu as funções da antiga adjunta da administração, Catarina Rebello, no âmbito de um processo disciplinar à funcionária, filha do ex-presidente Luiz Francisco Rebello.
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A decisão da nova direcção da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), revelada quinta-feira num encontro com jornalistas, em Lisboa, foi tomada na sequência de um inquérito que apurou «prática continuada de negligência, absentismo e utilização de bens da entidade em proveito próprio».
Apesar da suspensão, a funcionária vai continuar a receber o ordenado, ainda segundo os dirigentes da SPA
A SPA, que gere os direitos de autor na área cultural e artística de 18 mil associados, atravessa uma grave crise interna desde que foram conhecidas, no início deste ano, investigações da Polícia Judiciária, das Finanças e da Segurança Social por alegada gestão danosa.
Funcionária da SPA há 16 anos, Catarina Rebello desempenhava as funções de adjunta da administração e tinha a seu cargo as áreas das relações internacionais, dos recursos humanos e comunicação e imagem.
Numa entrevista recente ao semanário «Independente», a antiga adjunta da administração acusava a actual direcção de incompetência e de falta de capacidade técnica.
O actual presidente, Manuel Freire, tomou posse em Setembro, depois de 30 anos de gestão de Luiz Francisco Rebello, pai de Catarina Rebello.