O Sporting apurou-se, esta quarta-feira, para a final da Taça de Portugal de futebol, após derrotar em casa o Benfica, por 5-3, virando uma desvantagem de 0-2 no final da primeira parte.
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O Sporting entrou com disposição de satisfazer rapidamente os seus adeptos e coube a Liedson o primeiro sinal de perigo, logo aos quatro minutos, reforçado por Tonel aos sete, através de um desvio de cabeça que saiu ao lado da baliza de Quim.
Pouco depois, um erro comprometedor de Adrien Silva isolou Di Maria, mas o argentino preferiu simular grande penalidade, opção contrária à que teve o experiente Rui Costa aos 19 minutos e permitiu ao médio do Benfica inaugurar o marcador após surgir também na "cara" do guarda-redes Rui Patrício.
O estratego benfiquista demonstrou atributos de finalizador (apontou o 10º tento da época), na sequência de um passe precioso de Di Maria, e o pragmatismo do Benfica voltou a emergir aos 31 minutos, quando Nuno Gomes aumentou para 2-0, na segunda incursão para golo na área do rival lisboeta.
Paulo Bento pressentiu a catástrofe e nem esperou pelo intervalo para substituir o trinco Adrien Silva pelo criativo Izmailov, aos 34 minutos, mas só perto do descanso é que os anfitriões evidenciaram ténues indícios de inconformismo.
Os pressupostos mantiveram-se na segunda parte, apesar do assomo "leonino" e das ameaças de Liedson e Izmailov, mas apenas o disparo de longe de João Moutinho aos 61 minutos esteve perto de quebrar a resistência do Benfica, salvo pela barra da baliza de Quim, perante o olhar cúmplice do guarda-redes.
Apesar do ascendente do Sporting, concedido com risco pelo adversário, a equipa da casa tardou em reduzir a desvantagem e Paulo Bento optou por trocar o inexistente Romagnoli por Derlei, que regressou à competição após
sete meses de ausência devido a lesão.
O treinador do Sporting esperou pouco tempo pelo golo, marcado por Yannick aos 68 minutos com um desvio na pequena área, na sequência de um bom cruzamento
de Vukcevic, que viu os reflexos apurados de Quim negar-lhe pouco depois o empate.
O segundo tento dos anfitriões parecia naquela altura uma inevitabilidade e foi o "inevitável" Liedson que cumpriu o prognóstico aos 76 minutos, beneficiando de estranha liberdade na área "encarnada", correspondendo da melhor forma à assistência de Izmailov.
O médio russo repetiu a "dose" aos 79 e Derlei festejou da melhor maneira o regresso ao activo, consumando a reviravolta numa jogada semelhante, mas o Benfica restabeleceu o empate três minutos mais tarde, através de um poderoso remate de longe de Cristian Rodriguez.
O jogo arrastava-se para o prolongamento, mas Yannick tinha outras intenções para a noite chuvosa de Lisboa e inventou um remate de muito longe que desviou em Luisão e caiu fora do alcance de Quim, sentenciando aos 85 minutos a vitória do Sporting, confirmada por Vukcevic já "fora de horas", aos 91.
Sob a arbitragem de Jorge Sousa, do Porto, as equipas alinharam do seguinte modo no Estádio José Alvalade:
Sporting
Sporting: Rui Patrício, Abel, Tonel, Adrien Silva (Izmailov, 34), Grimi, Miguel Veloso, João Moutinho, Yannick (Gladstone, 86), Romagnoli (Derlei, 62), Vukcevic e Liedson.
Suplentes: Tiago, Gladstone, Pedro Silva, Pereirinha, Izmailov, Derlei e Tiuí.
Benfica
Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Katsouranis, Léo, Petit (Cardozo, 86), Maxi Pereira, Rui Costa, Di Maria (Sepsi, 66), Cristian Rodriguez e Nuno Gomes.
Suplentes: Butt, Sepsi, Edcarlos, Luís Filipe, Binya, Mantorras e Cardozo).
Acção disciplinar
Acção disciplinar: cartão amarelo para Di Maria (09), Abel (27), Luisão (56), Cristian Rodriguez (58), João Moutinho (72), Nuno Gomes (78), Liedson (81), Yannick (86) e Maxi Pereira (89).