Os responsáveis da SAD do Sporting confirmaram, esta segunda-feira, que José Veiga actuou como empresário de João Pinto no acordo do futebolista com os «leões», adiantando que têm vindo a colaborar com a investigação da Polícia Judiciária.
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O ex-empresário e ex-dirigente do Benfica, alegadamente suspeito de burla agravada na contratação do antigo «capitão» dos «encarnados» pelos «leões», negou hoje ter recebido qualquer «verba» e recusou o estatuto de representante do jogador, após ter sido ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
«O Sr. José Veiga interveio nas negociações na qualidade de empresário do jogador João Pinto, como, aliás, foi público e notório. (A SAD do Sporting) respeitou os acordos então celebrados, os quais se encontram suportados contabilisticamente e os pagamentos efectuados registados e auditados», lê-se em comunicado da SAD «leonina».
Os dirigentes do Sporting afirmam desconhecer «qualquer conduta ilícita ou criminosa por parte do então empresário do jogador» e que «todos os pagamentos foram efectuados de acordo com as instruções» de Veiga e João Pinto.
A SAD do Sporting revela ainda que tem vindo a «prestar à Polícia Judiciária todos os esclarecimentos solicitados com referência à contratação, designadamente o destino dos pagamentos efectuados no âmbito da mesma», delegando o acompanhamento do processo no advogado Rui Patrício «e agir em defesa dos interesses da Sociedade caso se venha a verificar que esta foi de alguma forma prejudicada».
José Veiga foi alvo da medida de coacção de termo de identidade e residência e uma caução no valor de 500 mil euros, dizendo-se inocente. O antigo empresário garante ter participado no negócio apenas «como amigo» do jogador.
Em 2000, o Benfica, então presidido por João Vale e Azevedo, rescindiu o contrato com o avançado internacional português, actualmente no Sporting de Braga, antes de João Vieira Pinto representar a selecção portuguesa no Euro2000, tendo o jogador ingressado no Sporting após o Campeonato da Europa.