O Sporting venceu, este sábado, o Marítimo, por 2-0, em jogo da 13ª jornada da I Liga. Sem ter feito uma grande exibição, os «leões» acabaram por merecer o triunfo. Os madeirenses nunca se entregaram, mas mostraram-se demasiado perdulários.
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Depois da vitória frente ao Boavista, na última jornada, o Sporting voltou este sábado a conseguir um triunfo importante, ao bater, no Estádio dos Barreiros, no Funchal, o Marítimo, por 2-0.
A vitória da equipa de Laszlo Bölöni, a quarta consecutiva, acaba por se aceitar, já que os «leões» souberam aproveitar as poucas oportunidades que criaram, com Mário Jardel a ser outra vez decisivo. O avançado brasileiro marcou o seu 14º golo no campeonato, o sexto de grande penalidade.
O Marítimo nunca se entregou, mas o penalti de Jardel (64') e a expulsão de Kenedy (64') acabaram com a resistência da equipa insular, que merecia, pelo menos, um golo.
Fiel ao esquema de três centrais, Bölöni apresentou nos Barreiros a mesma equipa que derrotou o Boavista na segunda-feira, entrando apenas o argentino Quiroga para o lugar do castigado Beto.
O Sporting começou bem a partida e nos primeiros dez minutos rematou por três vezes. No entanto, a melhor ocasião de golo pertenceu ao Marítimo, quando Quim, aos 11', se isolou, mas rematou contra Tiago.
O jogo continuava interessante e ambas as equipas conseguiam criar perigo, apesar dos madeirenses estarem sempre mais perto de marcar. Aos 23 minutos, Quiroga salvou em cima da linha um remate de Briguel, após uma boa assistência de Quim.
A equipa de Alvalade tinha o domínio do jogo, mas não sabia o que fazer com bola e acabava por recorrer em demasia aos centros para área à procura de Mário Jardel.
O Marítimo, pelo contrário, era mais objectivo, atacava pela certa, e durante o primeiro tempo causou bastantes embaraços à defesa «leonina», quer por intermédio de Danny (estreou-se como titular aos 18 anos), quer em jogadas de Kenedy na esquerda.
E foi já em cima do intervalo que o Sporting esteve mais próximo de marcar. Phil Babb, sem ninguém a quem passar a bola, subiu no terreno e rematou à trave da baliza de Nélson (44').
Penalti e expulsão marcam segunda parte
No segundo tempo, o espectáculo decaiu um pouco, mas as duas equipas continuaramm a apresentar a mesmas características. Até que aos 60 minutos, surgiu um dos lances decisivos do encontro.
Jardel, de cabeça, isolou João Pinto na área e Briguel derrubou o avançado «leonino», numa jogada que parecia condenada a acabar nas mãos de Nélson. Chamado à conversão da grande penalidade, o goleador brasileiro não desperdiçou.
O Marítimo reagiu bem, mas quatro minutos volvidos, a tarefa da equipa de Nelo Vingada ficou mais complicada com a expulsão de Kenedy, depois de um lance confuso na área «leonina», no qual Paulo Baptista entendeu que o defesa madeirense pisou propositadamente um adversário.
Em superioridade numérica e em vantagem no marcador, o Sporting passou a controlar, ainda mais, a posse de bola. Aos 68', Laszlo Bölöni leu bem a partida e trocou João Pinto, que corria o risco de ver um segundo cartão amarelo, por Pedro Barbosa.
Dez minutos depois, o médio sportinguista, na esquerda, teve uma das suas jogadas de génio, fugiu à marcação de um adversário e, quando todos esperavam um cruzamento, rematou entre o poste e Nélson.
Um grande golo de Pedro Barbosa, que praticamente sentenciou a oitava vitória consecutiva do Sporting na Madeira. O Marítimo ainda tentou reduzir, mas foram os «leões» que estiveram mais perto de fazer o terceiro em dois lances de Jardel (86' e 87') e Quaresma (88').
Com este triunfo, o Sporting, que ascendeu provisoriamente ao segundo lugar da classificação, com 26 pontos, mais oito do que o Marítimo (6º), consolidou a condição de melhor ataque do campeonato (29 golos) e mantém-se como uma das defesas menos batidas (dez golos).