O Sporting derrotou, esta noite (segunda-feira), o Boavista, por 2-0, no jogo que encerrou a 12ª jornada da I Liga portuguesa. Um triunfo justo dos «leões», que deixa agora os quatro primeiros classificados do campeonato separados por apenas dois pontos.
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O Campeonato da I Liga está ao «rubro». Depois da vitória alcançada esta noite (segunda-feira) pelo Sporting, em Alvalade, diante do Boavista, por 2-0, os quatro primeiros classificados encontram-se agora separados por apenas dois pontos.
O maior beneficiado do resultado desta noite acabou por ser o FC Porto, que assumiu a liderança, com 25 pontos, os mesmos do que o Boavista, enquanto que Benfica e Sporting seguem nas terceira e quarta posições, com 24 e 23 pontos somados, respectivamente.
Tratou-se de um triunfo justo dos «leões», que dominaram sempre a partida, diante de um Boavista que se apresentou em Alvalade com uma postura muito «receosa».
O Sporting pode ainda queixar-se da actuação do árbitro Isidoro Rodrigues, que, embora «errando» para ambos os lados, acabou por prejudicar mais a formação «leonina», ao invalidar um golo legal a Marius Niculae, e ao não assinalar uma grande penalidade contra o Boavista, por falta de Pedro Emanuel sobre Mário Jardel.
Boavista de contenção
Jaime Pacheco tinha referido, antes do encontro de hoje, que era importante não perder em Alvalade. A ideia do treinador reflectiu-se na forma como a equipa boavisteira se apresentou em campo, recuada, preferindo «dar» a iniciativa ao Sporting e apostando na exploração do contra-ataque.
Os «leões», por sua vez, estavam praticamente «obrigados» a ganhar, sob pena de alargarem a desvantagem para os adversários mais directos na «corrida» ao título. Por isso mesmo, os visitados entraram no encontro de forma pressionante, com o objectivo claro de controlarem as operações desde o início da partida.
Com este cenário, o jogo processava-se sobretudo nas imediações da área boavisteira, pertencendo as primeiras ocasiões de perigo à formação «leonina».
Aos 14 minutos, surgiu o primeiro erro de Isidoro Rodrigues. Numa jogada de insistência do Sporting na área do Boavista, Beto cruzou rasteiro, Jardel deixou a bola passar entre as pernas e o atacante Marius Niculae, junto à baliza, marcou. O árbitro, na sequência de uma má indicação do seu auxiliar, assinalou fora de jogo e anulou o golo ao romeno.
Apesar deste lance, foram os «leões» que continuaram a pressionar, sem deixar o Boavista reagir. O brasileiro Elpídio Silva, sozinho no ataque «axadrezado», tentou «remar» contra a maré, mas faltava-lhe o apoio dos seus companheiros.
João Pinto «abre» marcador
Aos 22 minutos, o Sporting acabou por chegar ao golo, num altura em que já o justificava. Mário Jardel, à entrada da área, desviou de cabeça um passe longo, sobrando a bola para João Pinto, que, já em desequilíbrio, conseguiu passar a bola por cima do guarda redes do Boavista, o internacional português Ricardo.
Motivados pelo golo, os jogadores «leoninos» imprimiram um ritmo forte à partida, controlando por completo o jogo. O Boavista não conseguia contrariar o ascendente do adversário, apenas chegando, a espaços, à grande-área sportinguista.
Isidoro Rodrigues em destaque
No segundo tempo, os «axadrezados» entraram com mais velocidade, obrigando o Sporting a recuar no terreno. No entanto, durou pouco o ímpeto dos jogadores do Boavista, que dez minutos volvidos deixaram o Sporting voltar a tomar conta da partida.
Aos 58 minutos, teve lugar outro lance «capital» no jogo. Após uma rápida jogada de contra-ataque, César Prates cruzou da direita, rasteiro, para Jardel, que dominou mal e, na insistência, foi impedido de chegar à bola por Pedro Emanuel. Grande penalidade que ficou por assinalar.
O Sporting continuava a pressionar e acabou por chegar ao segundo golo aos 64 minutos, na conversão de uma grande penalidade. Petit desviou com a mão um livre cobrado por César Prates e Isidoro Rodrigues assinalou o «castigo máximo».
Chamado a converter, Mário Jardel não falhou. Petit, por seu turno, devia ter visto o segundo cartão amarelo e, consequentemente, sido expulso.
Com uma vantagem mais confortável, o clube de Alvalade limitou-se a controlar a partida, que acabou por ficar marcada na parte final por algumas intervenções disciplinares do visiense Isidoro Rodrigues.
Aos 74 minutos, expulsou Jaime Pacheco por «palavras», fazendo o mesmo com Paes do Amaral, delegado ao jogo do Boavista.
Seis minutos depois, a ordem de expulsão foi dirigida a Beto e Silva, que se envolveram numa «picardia» após uma entrada mais dura do central «leonino».
Estava decidido o encontro e relançado o campeonato nacional, que tem agora quatro «pretendentes» ao título - FC Porto, Boavista, Benfica e Sporting - separados por uma distância mínima de dois pontos.