O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Bettencourt Picanço, está disponível para negociar qualquer proposta vinda do Governo incluindo as do relatório da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras. Ana Avoila, da Frente Comum, entende que este relatório é um mais um ataque aos funcionários públicos.
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O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado mostrou-se disponível para negociar todas as propostas que venham do Governo na sequência do relatório da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações que propõe uma contenção ou mesmo uma redução do número de efectivos na Administração Pública.
Ouvido pela TSF, Bettencourt Picanço reiterou não concordar com a ideia de haver um número excessivo de funcionários públicos, frisando que há um «fraco desenvolvimento do país».
«O que gostaríamos é que a economia informal e o fraco desenvolvimento do país pudesse modificar-se e é isso que esperamos da política», acrescentou o presidente do STE, que disse estar contra o «quero, posso e mando» do Governo.
Já Ana Avoila, da Frente Comum, entende que este relatório é mais um ataque aos direitos adquiridos dos trabalhadores da Função Pública «com a contenção do défice a ser feita à custa de retirar e mexer nas carreiras».
Esta sindicalista considera ainda que à medida que o vínculo de emprego público vai sendo retirado a privatização da Função Pública pode ser mais facilmente levada a cabo, o que leva a que menos serviços sociais e menos direitos para os trabalhadores.