Uma maioria de 54,6 por cento dos suíços pronunciou-se, este domingo, a favor dos acordos de Schengen e de Dublin alcançados pela Confederação Suíça com a União Europeia (UE), de acordo com informações oficiais.
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Os suíços também se pronunciaram a favor de ser atribuído um estatuto jurídico às uniões entre homossexuais, uma vez que 58 por cento dos eleitores se mostraram favoráveis a que esta lei federal entre em vigor.
O índice de participação nos escrutínios, sobre os quais pairou a sombra da dupla derrota na França e Holanda para a Constituição da UE, situou-se entre 52 e 56 por cento, indicou a cadeia de televisão suíça TSR.
Schengen suprime os controlos sistemáticos de pessoas nas fronteiras (excepto nos aeroportos), mas em contrapartida implica uma cooperação policial e judicial reforçada.
Os acordos de Dublin prevêem que um pedido de asilo que seja recusado por um dos países membros não poderá ser apresentado a um outro Estado, o que eliminaria 20 por cento dos requerimentos feitos na Suíça.
O espaço Schengen, instaurado em 1995, compreende de momento 13 países membros da UE (a Grã-Bretanha e a Irlanda fazem parte dos 12 países da UE que não pertencem ao espaço Schengen), mais a Noruega e a Islândia.
Schengen e Dublin fazem parte dos acordos bilaterais assinados em 2004 pela Suíça com a União Europeia, da qual não faz parte.
Paralelamente, os suíços pronunciaram-se hoje sobre um projecto de «parceria registada» para casais homossexuais, aprovado há um ano pelo parlamento suíço.