À mesma hora em que centenas de agentes da PSP de todo o país vão prestar homenagem ao colega morto segunda-feira numa barreira policial, começam a ser ouvidos no Tribunal de Faro os três alegados responsáveis pela morte de Armando Lopes.
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A última homenagem ao agente da PSP Armando Lopes está marcada para as 10:30, hora a que cortejo fúnebre sai do salão nobre da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, onde o corpo se encontra em câmara ardente.
Segundo o Sindicato dos Profissionais de Polícia, o funeral do sub-chefe Armando Lopes, que tinha 38 anos, deverá contar com a participação de grande parte dos mil agentes das sete esquadras da PSP do Algarve e de várias dezenas de outros pontos do País.
Em silêncio, os agentes tentarão demonstrar o seu repúdio pelas condições de trabalho a que estão sujeitos e a revolta pela morte do colega.
À mesma hora, em Faro, começarão a ser ouvidos em tribunal os três alegados responsáveis pela morte do agente, que se encontram detidos no Estabelecimento Prisional de Faro e arriscam a prisão preventiva até à conclusão do julgamento.
Trata-se de um casal português e de um cidadão alemão, de idades não divulgadas, que alegadamente transportavam material roubado, ao fim da tarde de segunda-feira, quando foram detectados pela PSP de Lagos, que lhes moveu perseguição ao longo dos 130 quilómetros da Via do Infante - que acabou com a trágica morte do agente da PSP.