A TAP vai congelar os salários e suspender a revisão do acordo de empresa, estando apenas garantido o pagamento do 13 º mês, noticia hoje o «Diário Económico». A nova administração pede «um estado de empenhamento colectivo».
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A nova administração da TAP, liderada pelo brasileiro Fernando Pinto, já fez o retrato - negro - da empresa e vai congelar os salários. Garantido, para já, apenas o pagamento do 13º mês. Hoje, às 15:00, a nova administração vai anunciar o seu novo programa de acção.
Com a empresa numa situação precária, está em risco o pagamento de salários. A administração da Transportadora Aérea Nacional pede aos trabalhadores um «estado de empenhamento colectivo», para enfrentar as dificuldades.
Este empenhamento passa pela criação de um grupo de trabalho conjunto da TAP e dos sindicatos - para o qual o SITAVA não está disponível.
Em declarações à TSF, Luísa Ramos daquele sindicato que representa os trabalhadores de terra, disse que os trabalhadores já fizeram demasiados sacrifícios e que não são responsáveis por uma situação, originada por um projecto político que, já alertaram, não serve os interesses da TAP.
O SITAVA está disponível naquilo que a lei lhe confere, que são as reuniões com a administração, para contribuir para a defesa da TAP, disse à TSF.
Confrontada com a ideia da nova administração da transportadora aérea de que «primeiro os sacrifícios, depois a riqueza gerada será dividida por todos», esta dirigente sindical «não acredita» e frisa que é injusto continuar a pedir aos trabalhadores um esforço suplementar quando estes têm feito tantos sacrifícios, mesmo quando confrontados com uma opção de gestão que consideram inadequada.
A nova administração da TAP vai anunciar esta tarde a adopção de um novo programa de acção que passa por uma política mais agressiva do ponto de vista comercial, uma maior eficácia na utilização da frota para poder aumentar a oferta e as receitas.