Com todo o cuidado, os técnicos tentam esta manhã colocar cabos metálicos dentro e fora do edifício afectado pelo aluimento de terras na Avenida Elísio de Moura, em Coimbra.
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Começam hoje a ser colocadas estacas metálicas no interior do prédio que foi afectado pelo aluimento de terras na Avenida Elísio de Moura, em Coimbra. No cimo da colina há pelo menos uma moradia que pode estar em risco.
As 40 famílias afectadas foram aconselhadas pelos técnicos que avaliaram a estrutura a pernoitar noutro local. Durante a noite, estiveram de piquete junto ao prédio quatro elementos dos Bombeiros Sapadores de Coimbra.
A colocação de cabos (estiramentos) metálicos internos e externos para dar maior estabilidade ao edifício foi a medida provisória equacionada para minimizar os riscos de derrocada, devido à destruição de alguns pilares.
Depois da instalação, a terra envolvente será removida e iniciam-se os trabalhos de recuperação dos pilares, para a qual se espera uma melhoria das condições climatéricas.
O Governo Civil admitiu a possibilidade de uma casa de habitação, entretanto desabitada, localizada nas proximidades, poder vir a ruir, se a chuva voltar a cair com intensidade e causar novos movimentos das terras.
A Protecção Civil e elementos da Câmara Municipal têm acompanhado a intervenção, com a assessoria técnica de especialistas em engenharia da Universidade de Coimbra.
Como consequência do aluimento de terras o trânsito ficou condicionado num troço da EN 17, entre Poiares e Coimbra, obrigando os automobilistas a circular apenas por uma faixa de rodagem.
Fonte da Brigada de Trânsito da GNR de Coimbra adiantou que aquela parte da via se encontra interdita ao trânsito desde as 20:30 de ontem, na zona da Boiça.
Para evitar maior cedência do piso foram colocados no local materiais impermeabilizantes, e os técnicos do Instituto das Estradas prevêem que não se verifiquem maiores danos se as condições climatéricas se mantiverem estabilizadas.