Os treinadores do Sporting e do Benfica concordaram, esta sexta-feira, com a justiça do triunfo dos «encarnados» na visita ao Estádio José Alvalade (2-0), que reaproximou as duas equipas na tabela da Liga de futebol, na 12ª jornada.
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«Foi um excelente jogo, entre duas equipas com grande ambição de vencer. Tínhamos que ser pragmáticos para conseguir um resultado positivo. Entrámos bem, fizemos um golo ao início, depois de uma excelente oportunidade de golo que nos deu esse pontapé-de-canto», disse o benfiquista Fernando Santos.
O Benfica venceu o «derby», com tentos de Ricardo Rocha e Simão, respectivamente aos 02 e 36 minutos, ficando a quatro pontos dos eternos rivais «leoninos», mas ainda com a recepção ao Belenenses por disputar e o FC Porto pode ficar isolado no topo da Liga com uma vantagem de cinco pontos sobre os «verde-e-brancos», caso vença o «derby» portuense de sábado, diante do Boavista.
«A vitória pela diferença mínima seria mais justa, mas, sem grandes casos ao longo de toda a partida, há que felicitar o Benfica por ter marcado e depois por defender bem o resultado. Não se pode contestar a vitória», afirmou Paulo Bento, sublinhando o «pecado» que foi a falta de agressividade dos «leões», sobretudo «nas transições ataque-defesa».
Fernando Santos viu um Benfica «que controlou sempre, com boa colocação», destacando um período de «boa reacção do adversário» e em que a sua equipa fez as transições (defesa-ataque) «um pouco à pressa», apesar de considerar «a mais bem conseguida» exibição da sua equipa fora do Estádio da Luz, frisando a boa prestação na vitória em Leiria, diante da União (4-0).
«Mas depois, numa transição bem conseguida, marcámos o segundo golo e ainda tivemos mais duas oportunidades», disse, referindo-se a remates de Miccoli, à barra, e de Nuno Gomes, a obrigar Ricardo a defesa de recurso, embora admitindo que o Sporting, na segunda parte, «teve mais domínio de jogo e foi muito pressionante, com duas ou três oportunidades de golo que o Quim resolveu muito bem», continuou Santos.
Paulo Bento reconheceu que «a partir dos 25 minutos da segunda parte, sem conseguir marcar um golo que desse confiança, a equipa ficou mais descrente e precipitada», mas demonstrou confiança no trabalho desenvolvido até aqui.
«Depois dos jogos nunca me arrependo de nada, mas estou aberto às críticas. Quando tiver que morrer, morro com as minhas convicções, nunca com as dos outros», afirmou o treinador do Sporting, desvalorizando a influência da derrota na luta pelo título, apesar de este campeonato ter menos quatro jornadas e de os jogos entre «grandes» poderem ser mais decisivos, algo também reconhecido por Santos.
Sobre a expulsão de Nuno Gomes, por cartão vermelho directo, na derradeira fase do desafio e devida a uma entrada dura sobre um adversário minutos finais, Santos comentou tratar-se de «um momento menos feliz de um jogador que trabalhou muito numa posição difícil».