O telescópio espacial Hubble captou uma imagem, no mínimo, fora do vulgar. Trata-se de um tipo de objecto celeste diferente de todos os outros existentes na nossa Via Láctea, um aglomerado duplo captado de uma galáxia próxima.
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Divulgaram os cientistas internacionais, esta terça-feira, que o telescópio espacial Hubble captou uma imagem da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, que apresenta uma singularidade cósmica. Trata-se de um objecto celeste diferente de todos os outros existentes na nossa galáxia, segundo conta a CNN.
Explicam os cientistas que se trata de uma acumulação de estrelas jovens, um aglomerado duplo conhecido como NGC 1850, que é o segundo agrupamento mais brilhante existente na Grande Nuvem de Magalhães.
«Esses objectos são diferentes dos que podemos encontrar na nossa galáxia. São simultaneamente muito compactos, quase maciços e formados recentemente», declarou Nino Panagia, um dos astrónomos que estudou o NGC 1850, acrescentando que os aglomerados convencionais são os sistemas estelares mais antigos do Universo, que contam já com dez mil milhões de anos.
Aglomerado NGC composto de estrelas T-Tauri
Na imagem do aglomerado NGC, que está a 168 mil anos-luz da Terra, pode ver-se uma massa principal no centro e outras menores e mais jovens no lado inferior direito. É basicamente composto por estrelas azuis e outras avermelhadas, conhecidas como estrelas T-Tauri.
As estrelas T-Tauri surgem normalmente em ambientes lotados, não sendo por isso fácil identificá-las. São verdadeiros poços de energia e têm entre 4 a 50 milhões de anos, consoante forem maiores ou menores.