O ministro das Obras Públicas colocou em cima da mesa a hipótese de a terceira travessia do Tejo vai a ser também rodoviária. Mário Lino explicou que tudo dependerá dos estudos que venham a ser feitos sobre esta travessia que será usada no TGV que ligará Lisboa a Madrid.
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O ministro das Obras Públicas ainda não sabe se a terceira travessia do Tejo, entre Chelas e Barreiro, vai apenas ser ferroviária, o que abre a possibilidade de também ser rodoviária.
Segundo Mário Lino, esta opção vai depender da localização da futura estação do comboio de alta velocidade que vai ligar Lisboa a Madrid e também dos estudos que vão ser feitos neste sentido.
A estação a construir poderá ser uma extensão da gare do Oriente, caso a opção seja apenas ferroviária, ou então uma nova, a levar a cabo na zona de Chelas-Olaias, que esta travessia também seja rodoviária.
«A estação em Lisboa vai depender do tipo de ponte que vamos ter no corredor Chelas-Barreiro, que ainda não está decidido se será apenas ferroviária ou também rodoviária», acrescentou o ministro, que aventou ainda a hipótese de eventualmente esta ponte ser dotada de uma plataforma rodoviária a activar no futuro.
Mário Lino aproveitou ainda para confirmar que a ligação Porto-Vigo, de alta velocidade, vai estar operacional em 2013 e não apenas em 2015, como inicialmente previsto, devendo esta ter um custo de 1,4 mil milhões de euros.
Segundo o ministro das Obras Públicas, metade desta verba vai ser gasta na ligação Porto-Braga, ao passo que a restante metade será usada para a ligação entre Braga e Valença.
O titular da pasta das Obras Públicas confirmou ainda que a ligação de TGV entre Lisboa e o Porto vai custar 4,7 mil milhões de euros, enquanto que a ligação à capital espanhola vai custar cerca de três mil milhões, 2,4 dos quais para a linha e 600 milhões para a terceira travessia do Tejo.
Mário Lino defendeu ainda que o lançamento de um concurso de ideias para que o comboio de alta velocidade em Portugal possa ter um nome diferente de TGV, que o ministro recordou ser uma marca.
«A única coisa que nos move é que nós vulgarizamos o nome TGV, que é uma marca comercial. Não tenho nada contra a marca, mas não me parece adequado que nós adoptarmos uma marca comercial para designar o nosso sistema de alta velocidade», concluiu.