Um Concorde com depósitos de combustível modificados vai entrar em testes já em Fevereiro com a perspectiva de fazer voar outra vez os aviões supersónicos.
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Já em Fevereiro devem ser efectuados testes a um Concorde com depósitos de combustível modificados. A intenção é pôr os aviões supersónicos de novo no ar, segundo o grupo de trabalho franco-britânico encarregue do dossier.
Os construtores franceses e britânicos dos aparelhos trabalharam activamente para reforçar os reservatórios do Concorde, já que houve aparelhos que tinham revelado alguns furos, na altura do acidente que fez 113 mortos a 25 de Julho. O Cenário mais provável será mesmo este reforço dos depósitos.
A modificação consiste em pôr um revestimento interior nos reservatórios do aparelho para absorver as ondas de choque e evitar assim as fugas de combustível ou a hipótese de serem furados por algum objecto.
Estes ensaios devem ocorrer aproximadamente em Fevereiro, com um Concordo inglês assim modificado.
O trem de aterragem também deverá ser modificado para evitar quebras e curto-circuitos. O programa de modificações «é razoável e realizável, se não houver dificuldades imprevistas resultantes dos ensaios», segundo afirmou o grupo de trabalho.
No entanto o comunicado deste grupo não fixa uma data para a normalização dos voos do Concorde. Mas a British Airways já manifestou a sua vontade de pôr os supersónicos outra vez no ar antes da Páscoa.
Os Concordes desta empresa estão em «perfeito estado» e podem mesmo voar já a partir de Março, segundo divulgou à BBC o chefe da frota supersónica da companhia britânica, Mike Bannister.
O ministro francês dos transportes já adiantou o próximo Verão para que isso aconteça com os aparelhos franceses.
Depois dos acidentes e incidentes com os Concorde, a hipótese de voltarem a voar ganhou força com as soluções a passarem por modificar os aviões que parecem agora mais simples e menos onerosas do que à partida se pensava.