A extensão do caminho de ferro até ao Tibete, um projecto estudado desde há meio século, deverá ser decidida na próxima Primavera. Situado na Cordilheira dos Himalaias, o «teto do mundo» é a única província da China ainda sem comboios.
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A extensão do caminho de ferro até ao Tibete, um projecto estudado desde há meio século, deverá ser decidida na próxima Primavera, anunciou hoje o «Diário do Povo», orgão central do Partido Comunista Chinês.
Situado na Cordilheira dos Himalaias, o Tibete - ou o «teto do mundo», como também é conhecido - é a única província da China ainda sem comboios.
Entre os quatro projectos examinados pelo ministério chinês dos caminhos de ferro, o que vai ligar a província de Qinghai, noroeste da China, ao Tibete é considerado «o mais apropriado».
A projectada linha Qinghai-Tibete, com 1080 quilómetros de comprimento, é também a mais curta e a que exige menor investimento.
De acordo com o orçamento feito já em 1995, aquela linha vai demorar sete a oito anos a construir e deverá custar 19400 milhões de yuan, cerca de 543 milhões de contos. Os outros três projectos foram orçados em mais de 63 mil milhões de yuan, cerca de 1764 milhões de contos.
Logo no início da década de cinquenta, o Comité Central do PCC «deu instruções» ao ministério chinês dos caminhos de ferro para estudar as vias que levassem o comboio até ao Tibete, recorda o «Diário do Povo».
A decisão final sobre o assunto «será tomada provavelmente na primeira Primavera do século XXI», adiantou o jornal.