O ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, assegurou hoje em Braga que as 8,700 escolas que existem em Portugal estarão ligadas à internet até ao final de 2001.
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Mariano Gago falou no final de uma sessão de assinatura de protocolos com a as 13 Câmaras Municipais do distrito de Braga, para a instalação de equipamentos de ligação à internet em todas as escolas que ainda não possuem esta tecnologia.
Na sessão participaram os autarcas dos diferentes concelhos envolvidos, e foram apresentados os projectos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho para a Sociedade da Informação, o SIAVE, Sociedade de Informação do Vale do Ave, o CIDAVE, Cultura e Informação do Vale do Ave, e o Braga Digital, o Arquidiocese Braga Digital e o Projecto Labirinto.
«A maioria delas está já ligada à Internet com um ou
mais computadores ao dispor da comunidade escolar, e as
restantes ficarão ligadas até ao final do ano», explicou o ministro, vincando que o próximo passo no caminho para a sociedade da informação passa pela criação de espaços públicos em todos os municípios com ligação à Internet.
Segundo Mariano Gago, Portugal é um dos três países
mais avançados da Europa na ligação das escolas à Internet,
já que apenas os países nórdicos concluíram um processo
idêntico.
Acrescentou que está em curso um processo de candidaturas aberto a todos os municípios portugueses para a criação de espaços públicos com ligação à Internet, de modo a garantir que todos os cidadãos possam aceder à rede mundial
de computadores, independentemente dos seus rendimentos.
Mariano Gago não deixou de referir que «Temos recebido e despachado quase de imediato os projectos municipais com os respectivos apoios financeiros», acentuando que as políticas públicas se têm de orientar, em especial, para a criação de espaços que sejam acessíveis a todos, nas escolas, nas bibliotecas e agora nas autarquias, incluindo as juntas de freguesia.
Referindo-se ao projecto Portugal Digital, o ministro da Ciência e Tecnologia, garantiu que até 2006 estão disponíveis 40 milhões de contos para aplicar nos projectos das «cidades ou das regiões digitais»: está demonstrado que não faltam financiamentos, faltam sim projectos que possam ser concretizados, devido à falta de experiência no sector e de recursos humanos», declarou.
Assegurou que o projecto não está atrasado em relação
ao calendário inicial, vincando que as experiências
realizadas em Aveiro e noutras regiões do país demonstraram
que «falta em Portugal alguma experiência de ligação entre
instituições para a sociedade da informação e não há recursos
humanos especializados».