O novo projecto para os molhes do Douro tenta evitar a contestação de que foram alvo há sete anos, e, propõem o prolongamento do Passeio Alegre.
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O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) refere que este projecto «comparativamente com a solução de 1996/1998, tem evidentes vantagens no domínio ambiental, desde logo por apresentar molhes mais curtos, mais baixos e de menor volumetria».
As cotas adoptadas para o molhe norte e para o quebra-mar destacado a Sul são, segundo o EIA, «significativamente inferiores às cotas anteriormente consideradas neste projecto».
«Esta solução que assenta numa diferente concepção das estruturas propostas, integrando soluções de engenharia mais criativas e inovadoras, permitiu a compatibilização dos objectivos portuários e costeiros com opções de maior integração urbana e melhor consideração das preocupações de minimização dos impactes ambientais», pode ler-se no EIA.
Os projectistas e o dono da obra, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), tentam assim evitar a contestação dos «portuenses ilustres» que levou à paragem no arranque das obras, apesar do parecer «favorável condicionado» do Ministério do Ambiente, em 1997.
Assim, o molhe norte, com 350 metros de comprimento, vai dar continuidade ao espaço urbano envolvente, criando um novo passeio marítimo, em prolongamento do Passeio Alegre.
Por outro lado, no topo do molhe vai ficar instalada uma unidade experimental de produção de energia a partir da força das ondas.
No entanto, estas obras implicam um grande volume de dragagens, cujas areias vão reforçar o Cabedelo.
Sendo assim, o EIA, conclui que o projecto é positivo porque estas obras servem para a «estabilização das margens do estuário do rio Douro, nomeadamente do Cabedelo e das margens ribeirinhas junto à Foz».
O projecto, que venceu o concurso, foi elaborado por um consórcio das empresas «irmãos Cavaco» e «Somague Engenharia».
Este EIA está em consulta pública, até ao dia 15 de Janeiro de 2004.