O acordo alcançado pela presidência portuguesa em torno do Tratado Reformador da União Europeia foi celebrado e elogiado por todos os partidos portugueses, à excepção do PCP e do Bloco de Esquerda.
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José Luís Arnaut, deputado do PSD que preside à comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, fala de um «momento histórico para todos», salvaguardando apenas o facto de «não conhecer a totalidade do documento».
«Se ao fim de seis anos se conseguiu este resultado durante a presidência portuguesa, penso que é um facto de grande satisfação e grande alegria para todos nós», salientou o deputado.
Também o eurodeputado do PSD Carlos Coelho elogiou o acordo afirmando que «Portugal fica por boas razões na história da União Europeia».
«Ainda bem que foi conseguido um acordo, porque assim a União pode concentrar-se naquilo que e verdadeiramente importante que é o crescimento económico e a criação de emprego», acrescentou.
Diogo Feio, líder parlamentar do CDS-PP, também se «congratulou» pela assinatura do acordo, salientando «que é muito importante a Europa ter ultrapassado o impasse em que vivia nos últimos anos».
«Devemos felicitar todos os Estados-membros por terem conseguido alcançar este acordo que é muito importante para a Europa», salientou Diogo Feio.
Edite Estrela, eurodeputada do PS, elogiou o facto de «Portugal ter deixado uma marca indelével, associando desde logo o nome de Lisboa em 2000, na estratégia de Lisboa, e agora com a assinatura do Tratado».
«É grande motivo de orgulho para todos os portugueses e um momento histórico que devolve confiança aos cidadãos e valoriza a posição da Europa perante o mundo», defende a eurodeputada.
PCP critica, Bloco desvaloriza
Contactado pela TSF, Bernardino Soares, do Partido Comunista, considera que o acordo é uma má noticia para Portugal «porque reforça a centralidade de poder nos grandes países europeus e em que Portugal perde capacidade de influenciar as decisões».
O eurodeputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, desvaloriza a importância do acordo, afirmando que era «previsível» a assinatura do documento.
«O que conta é a palavra final de José Sócrates sobre se há ou não referendo sobre o tratado em Portugal», salientou.