Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) entram esta sexta-feira em greve para protestar contra a imposição de um novo Acordo de Empresa e contra a aplicação da nova rede de linhas de autocarros. A nova rede está também a suscitar queixas dos utentes.
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Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) estão em greve desde a meia-noite desta sexta-feira devendo a paralização manter-se até ao dia de Natal.
De acordo com o Sindicato dos Transportes Rodoviários do Norte, os trabalhadores protestam contra a alegada tentativa da administração de impor um novo Acordo de Empresa (AE), mas também contra as implicações da nova rede de linhas que entra em vigor em Janeiro de 2007.
«Em causa estão na distribuição do pessoal do movimento pelos vários meios de transporte que vão ser alterados a partir de Janeiro. Por outro lado, um conjunto de regras que a empresa não está a cumprir com os trabalhadores em relação ao AE, pretendendo a empresa impor o AE que foi celebrado com alguns sindicatos, o ano passado, e que é altamente prejudicial aos trabalhadores retirando direitos consagrados no AE anterior», explicou Manuel Alves daquele sindicato.
Os efeitos da greve deverão sentir-se sobretudo este sábado. Para minimizar os transtornos, os passes sociais de STCP são válidos no metro e comboios suburbanos sendo que a empresa garante ainda serviços mínimos em todas as linhas.
Também em protesto para contestar a nova rede dos transportes dos STCP, o Movimento de Utentes da área metropolitana do Porto promove uma acção de sensibilização junto dos clientes da STCP.
Norberto Alves diz que o movimento vai desempenhar o papel que devia caber à administração da empresa e defende que, por ter sido feita de forma apressada, a nova rede de linhas devia ser suspensa.
«A autoridade metropolitana dos transportes do porto vai ser constituída muito brevemente em 2007. Estando esse organismo constituído toda esta reestruturação teria de passar pela autoridade para ter um parecer para se saber se estas alterações vão satisfazer a componente social que tem a ver com as populações», explicou.
A administração da STCP não vê motivos para suspender a nova rede de autocarros. Joaquim Gomes, director de operações da empresa acredita que este é um plano que vai servir melhor a população e que vai facilitar a interligação entre a STCP e o metro.