Os trabalhadores da Valorsul pediram esta segunda-feira, ao Governo para pressionar a administração da empresa a negociar com os funcionários, após quase uma semana de greve.
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No final do encontro com um assessor de José Sócrates, o presidente do Sindicato da Industria Química, Farmacêutica e Petrolífera do Centro, Sul e Ilhas (SINQUIFA), Delfim Mendes, afirmou que os trabalhadores pediram ao governo para «tomar medidas no sentido de conduzir a administração da Valorsul de volta à negociação».
O dirigente sindical considerou que «o Governo, ao enviar a PSP para os locais paralisados pela greve, chamou a si a responsabilidade no processo», podendo, por isso, actuar como um «um elo de ligação entre trabalhadores e empregados».
Delfim Mendes justificou uma eventual intervenção governamental com o facto de a Valorsul ser «uma empresa de capitais públicos».
Da reunião com o assessor do primeiro-ministro para as questões sociais e laborais, Artur Penedos, terá apenas resultado a promessa de que os pedidos seriam transmitidos ao primeiro-ministro, não tendo, de acordo com o sindicalista, sido «colocada a questão da mediação do governo» em eventuais negociações entre grevistas e patrões.
Questionado acerca da possibilidade de uma intervenção governamental poder conduzir à suspensão da greve, Delfim Mendes diz que «dependeria do tipo de negociação», mas avança que «havendo garantias certas de resolução
do conflito», os trabalhadores podem «ponderar a suspensão da greve».