Os Sindicatos das Indústrias Eléctricas receiam o despedimento de quatro mil trabalhadores da EDP. Já foram apresentadas algumas propostas de rescisão e os trabalhadores discordam da maneira como a empresa está a conduzir o processo.
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Dizem que não são produtos descartáveis, acusam a EDP de estar a deitar fora dois mil trabalhadores e temem que a empresa estique este número até aos quatro mil.
José Luís Quinta, da Federação dos Sindicatos das Indústrias Eléctricas de Portugal, confirma que já foram apresentadas algumas propostas de rescisão mas diz que o problema não está no valor proposto mas na forma como a EDP está a conduzir o processo.
«Estão a ameaçar os trabalhadores com a inactividade, dizem 'se não aceitar a rescisão já não conto consigo, sai da minha equipa'», denuncia José Luís Quinta.
Quanto ao valor das indemnizações, o sindicalista prefere não falar em números: «Aquilo que pode ser uma boa indemnização para si pode não ser para mim. O que está em causa é que algumas questões sociais são importantes e os trabalhadores da EDP têm vindo a perder poder de compra».
A federação garante que o protesto está apenas no princípio e que se a EDP continuar com a mesma estratégia, a resposta dos trabalhadores vai ser cada vez mais dura.