As buscas para encontrar sobreviventes e resgatar os cadáveres do acidente no Brasil com um boeing, que ocorreu sexta-feira na selva Amazónica, prosseguem este domingo e devem demorar uma semana, segundo o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi.
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Até ao momento não existe notícia de existir qualquer sobrevivente e as informações sobre os trabalhos de resgate são escassas.
Por este motivo os familiares dos passageiros do voo 1907 da Gol divulgaram uma carta, este domingo, em que exigem às autoridades «uma posição mais clara e imediata da situação real do acidente».
No avião que caiu no Estado de Mato Grosso seguiam 149 passageiros e seis tripulantes. De acordo com a Aeronáutica brasileira é «remotíssima» a hipótese de alguém ser encontrado com vida. Trata-se do pior acidente da aviação brasileira.
Neste domingo, a FAB (Força Aérea Brasileira) enviou mais 28 militares para o local onde foram descobertos os destroços do boeing.
Devido à dificuldade de atravessar a floresta densa a pé, dois militares foram lançados de pára-quedas para a zona e outros desceram por meio de cordas dos helicópteros.
Os soldados percorreram uma parte do perímetro sem encontrar sobreviventes e tentam desarborizar a floresta para criar uma zona que sirva como ponto de aterragem para os meios aéreos.
No total encontram-se 75 operacionais envolvidos nos trabalhos de resgate, baseados na fazenda Jarinã, que contam com a colaboração dos índios caiapós.
O que restou do Boeing 737-800 foi localizado, sábado, disperso por uma zona afastada e de acesso difícil, devido à vegetação espessa, na reserva indígena do Parque de Xingú e a cerca de 200 quilómetros a sudeste do município Peixoto de Azevedo.
A intenção das autoridades brasileiras é retirar os restos mortais do local do acidente com helicópteros até um local próximo onde possam ser recolhidos por camiões frigoríficos.
Os corpos serão depois transferidos por terra, num percurso de cerca de 280 quilómetros, até à base da Força Aérea na cidade de Caximbo, município do vizinho Estado amazónico do Pará e onde serão realizadas as tarefas de identificação