O ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, explica que a decisão do comando-geral da GNR que levou à transferência de militares da Brigada de Trânsito para unidades territoriais «tinha uma ilegalidade».
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O ministro da Administração Interna garante que o despacho do secretário de Estado adjunto que ordenou a integração na Brigada de Trânsito (BT) de 29 militares que tinham sido transferidos para unidades territoriais veio corrigir as ilegalidades que constavam na decisão do comando-geral da GNR.
«Não vamos transformar uma questão que é estritamente de foro administrativo, uma questão de gestão de pessoal que se resolve de uma maneira extremamente simples», numa batalha política, afirmou Figueiredo Lopes.
«Trata-se de corrigir um acto que foi praticado no quadro do que são as competências próprias do comandante-geral da GNR que foi proferido no sentido da correcta gestão dos recursos humanos, mas que tinha uma ilegalidade, que foi mandada corrigir pelo tribunal e portanto temos que respeitar a lei», acrescentou.
O ministro da Administração Interna considera assim que não tem que dar explicações ao PS, tal como Vitalino Canas pediu.
O governante pensa que o PS quer «transformar um caso de administração num caso político que naturalmente não tem essa dimensão» e portanto que não tem nada para esclarecer.
Quanto à demissão de Alfredo Assunção, comandante da Brigada de Trânsito que se sentiu desautorizado, Figueiredo Lopes considera «trata-se de uma decisão que diz respeito à consciência do próprio, que merece uma palavra de louvor pelo trabalho que tem desenvolvido no comando da BT».