No passado domingo, o Alasca foi sacudido pelo mais forte tremor de terra do ano.
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Ontem, o sul de Tóquio enfrentou um abalo de 5,6 graus na escala aberta de Richter. No sábado, um outro tremor de terra, que passou dos sete pontos nesta escala, causou prejuízos e vítimas na Indonésia. Na semana passada, a Terra tremeu na Itália e no Paquistão matando 48 pessoas.
Podem parecer muitas coincidências, mas, segundo especialistas, estes fenómenos fazem parte da rotina do planeta e não estão associados.
A morte de 26 crianças no Sul da Itália, devida ao desabamento da escola em que se encontravam, causou uma onda de emoção internacional e fez parecer que os tremores de terra faziam parte de um fenómeno em cadeia. Mas os especialistas são unânimes: a Terra não está a passar por um espasmo surpresa. Aqueles que moram sobre falhas geológicas, não correm mais riscos do que corriam.
Enzo Boschi, director do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Itália já afirmou que não há uma relação directa, nenhuma causa/efeito. O que se passa é que a Terra é um planeta cheio de abalos sísmicos. Sempre foi assim.
Cerca de mil abalos com uma magnitude entre 5 a 6 na escala de Richter, são registados por ano.
Segundo os especialistas, tremores de terra desta intensidade causam poucos problemas em prédios bem construídos, como aconteceu no Japão. Já os sismos registados em Itália e no Paquistão, embora também tenham ficado abaixo do nível 6 naquela escala, tiveram consequências trágicas.
Tremores de terra, há todos os dias. Não são é sentidos. Para se ter uma ideia de como o chão treme sem ninguém dar por isso, basta fazer uma consulta à página do Instituto de Meteorologia, e observar a caracterização semanal da sismicidade de Portugal continental, garantida pela Divisão de Sismologia daquele Instituto.
Uma outra página portuguesa que deve ser consultada é a do Serviço Municipal de Protecção Civil de Lisboa, onde se encontram vários conselhos sobre atitudes de autoprotecção em caso de tremor de terra.
Os abalos acontecem quando placas teutónicas, localizadas nas profundezas da Terra, se movem a uma velocidade equivalente ao crescimento das unhas e se chocam. O problema é que ainda não foi encontrado um método eficiente para prever estes fenómenos.
As investigações nesta área indicam que o número de grandes terramotos se tem mantido constante, ou que talvez tenha até diminuído durante o século XX.
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