A última fase de abertura do mercado de electricidade arrancou, esta segunda-feira, em Portugal, mas ainda só com a EDP no mercado livre. A existência de um regime tarifário pouco competitivo e os elevados custos de produção de energia levaram os outros operadores a ainda não se apresentarem.
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Arrancou, esta segunda-feira, em Portugal a última fase da abertura do mercado de electricidade se bem que a EDP tenha sido o único operador a apresentar-se no mercado livre.
Sodesa, Union Fenosa, Enel Viesgo e Iberdrola decidiram esperar pela evolução do mercado, não estando para já interessadas em apresentar-se como fornecedoras de electricidade para clientes domésticos e pequenas empresas.
Sendo assim, quatro dos 5,8 milhões vão ter de esperar melhores oportunidades para poderem exercer o seu direito, ou seja, terem a possibilidade de mudar do actual operador, a EDP.
Assim, só cerca de um milhão de clientes poderão beneficiar com esta abertura de mercado, ao estarem abrangidos pela oferta do tarifário edp5D.
Entre as razões que levaram os novos operadores a ainda não se apresentarem no mercado estão a existência de um regime tarifário que torna os preços de mercados pouco competitivos, os elevados custos de produção de energia e as assimetrias de regulação entre Portugal e Espanha.
A EDP também já admitiu que só quando se alterarem significativamente as condições de mercados é que poderá apresentar novos tarifários e abranger clientes de potência contratada inferior a 9,6 KvA.
A actualização das tarifas para 2007, que serão anunciadas pela Entidade Reguladora do Sistema Energético (ERSE) em Outubro, e o fim da limitação desse aumento à taxa de inflação serão dois factores decisivos para que o mercado se torne mais atractivo.