Um oceano com mais de 300 mil metros quadrados terá existido em Marte. A conclusão é de um estudo que compara os dados recolhidos pelo robô Opportunity e pela Mars Global Surveyor. realizado pela Universidade do Colorado.
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Uma vasta região de Marte, que se estende por mais de 300.000 quilómetros quadrados, terá estado coberta por água durante um longo período.
A conclusão é apresentada por um estudo norte-americano que compara dados do robô Opportunity e da Mars Global Surveyor.
Segundo o estudo, este oceano é «comparável em superfície ao mar Báltico na Terra, suficientemente profundo e que deve-se ter mantido tempo suficiente para permitir uma acumulação de 500 metros de sedimentos».
O estudo, defendido por Brian M. Hynek, da Universidade do Colorado, em Boulder, será publicado quinta-feira na revista científica Nature.
Análises realizadas pelo robô norte-americano no início do ano tinham permitido concluir que a composição de pequenas esferas cinzentas descobertas sobre uma rocha marciana indicavam a presença passada de água em Marte.
Os investigadores determinaram que essas esferas continham hematite, um óxido de ferro, mineral que, na Terra, se forma habitualmente na presença de água, durante um longo período.
Utilizando um espectrómetro a bordo da sonda norte-americana Mars Global Surveyor, em órbita sobre o planeta vermelho, Hynek observou que a cor cinzenta do mineral se estendia por uma vasta zona, «entre o 20/o grau de longitude e o 14/o grau».
Estes materiais de cor clara apareciam ao longo de centenas de quilómetros para norte, a leste e oeste do Meridiani Planum, descreve, o que sugere que nesta região houve «a 20 graus de longitude e 14 graus de latitude» água durante muito tempo, à superfície ou perto da superfície.