O líder comunista desvaloriza o facto de a moção de censura do PCP ao Governo ter o «chumbo» garantido da maioria PS, afirmando que «a grave situação económica e social» a justifica, «independentemente do resultado».
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Em conferência de imprensa, no parlamento, Jerónimo de Sousa avançou com um aforismo para ajudar a explicar a sua oposição à revisão do código do trabalho: «Um ovo com salmonela nunca dará uma boa omolete».
A grave situação económica e social do país justifica a moção de censura, que será discutida a 08 de Maio, «independentemente do resultado», afirmou Jerónimo de Sousa.
A revisão do Código do Trabalho, disse, foi «mais do que a gota de água» para justificar a moção e o PCP apresenta-a «independentemente do processo de discussão em concertação social».
As propostas de alteração à legislação laboral, «em articulação com a alteração da legislação laboral na administração pública, tornou imprescindível a apresentação da moção de censura», concluiu.
O debate da moção, na Assembleia, é uma posição política «de grande importância» e que «leva a animar e ao esclarecimento dos trabalhadores portugueses».
Apesar de estar agora a começar a discussão entre os parceiros sociais na concertação social, o secretário-geral do PCP duvida que a negociação aproxime a legislação às posições dos comunistas e acha que este «é o momento oportuno» para esta iniciativa.