Um estudo feito pelo Conselho de Higiene revelou que um quarto dos portugueses não lava as mãos antes das refeições. Ainda segundos este estudo, metade dos portugueses não lava as mãos após espirrar, sendo que um em cada dez não o faz após ir à casa de banho.
Corpo do artigo
Um quarto dos portugueses não lava as mãos antes das refeições, revela um estudo internacional do Conselho de Higiene, que teve como amostra cerca de mil pessoas com mais de 35 anos, que habitam em particular o Norte e Centro de Portugal e Lisboa.
Este estudo conclui ainda que metade dos portugueses não lava as mãos depois de espirrar ou tossir, ao passo que um quinto não lava as mãos depois de pegar em animais.
Um em cada dez também não lava as mãos depois de ir à casa de banho, enquanto que 15 por cento não o faz após comer ou pegar em comida.
Por seu lado, 72 por cento dos inquiridos considerou que os filhos apanham mais infecções na escola, ao passo que 40 por cento entende que é na sanita ou na roupa suja que podem ser encontrados mais germes.
Um estudo semelhante a este foi ainda feito em mais dez países, tendo sido concluído que os norte-americanos e os italianos são os povos com menos asseio, uma vez que nunca lavam as mãos após comer, tossir, espirrar ou ir à casa de banho.
Em declarações à TSF, a directora dos Serviços de Qualidade Clínica, da Direcção-geral de Saúde, explicou que é muito importante lavar as mãos, pois este gesto está associado à redução de infecções.
«Obviamente que há situações onde ainda é mais importante como sejam os ambientes hospitalares e onde se tratam doentes. No nosso dia-a-dia, nos nossos gestos habituais, obviamente que a lavagem das mãos é um gesto que corresponde a um aumento significativo da própria segurança do indivíduo», acrescentou Ana Leça.
O Conselho de Higiene, que junta especialistas internacional em microbiologia, virologia e imunologia e Saúde Pública, realça que o lavar das mãos reduz o risco de doença em 20 por cento e o risco de infecções em 60 por cento.
Segundo esta instituição, na Alemanha, os casos de pneumonia caíram de 20 para oito por cento com o reforço das medidas de higiene.