A vida política portuguesa transformou-se numa revista e o país regressou ao Parque Mayer. Agora que os espanhóis já construíram o corte inglês em terrenos doados para gozo público, voltámos às rabulas revisteiras cifradas. Felizmente não há gargalhadas alarves da plateia!
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Os actores deviam , por isso,olhar para o público e evitar o insulto. O Portugal da Ponte de Entre os Rios é um assunto que deveria constituir-se num remorso de todos nós como diria O'Neill e não apenas na clássica
inversão da historia em que os policias viram ladrões.
Qualquer viajante estrangeiro que por cá passe notará, certamente, um estranho ambiente crepuscular. Mas o mais preocupante, como diz João César das Neves no Diário de Notícias de hoje é a febre da carraça. E fico-me por
aqui antes que desate a dizer simples lugares comuns. Porque, como lembra Sarsfield Cabral, neste ambiente de sound bites em que vivemos as pessoas estão cada vez menos preparadas para um mundo complicado que é o nosso.
Se têm dúvidas leiam o artigo de Arménio Matias também no DN sobre o traçado dos caminhos de ferro em Portugal. A história das linhas é arrepiante e não há alta velocidade que resista quando tudo se resume afinal a uma velha questão de bitola.
Palavras Cruzadas
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