O Presidente da Comissão Europeia quer a União Europeia (UE) «unida» na luta contra o terrorismo. Durão Barroso sublinha que «só em conjunto» é possível travar e ganhar esta «batalha».
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Para Durão Barroso, é tempo de utilizar todas as sinergias a nível europeu. «Mais do que nunca, este é o momento para ultrapassarmos reticências contra uma cooperação estreita entre os países», afirmou o Presidente da Comissão, em Bruxelas, numa conferência de imprensa conjunta com o comissário europeu da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini.
Durão Barroso enumerou algumas decisões que serão tomadas nas próximas semanas, como uma proposta em matéria de cooperação policial transfronteiriça e uma comunicação em matéria de explosivos, no âmbito da luta ao terrorismo.
O executivo comunitário também irá apresentar em Setembro uma proposta de directiva (lei europeia) para a retenção de dados, uma questão controversa que suscita questões delicadas quanto à privacidade dos cidadãos.
Durão Barroso classificou «crucial» na luta contra o terrorismo a existência de enquadramento jurídico europeu que permita, por exemplo, detectar contactos telefónicos entre terroristas.
Os Estados-membros estão muito divididos sobre esta questão que pode implicar escutas telefónicas que em seguida são guardadas durante um determinado período de tempo.
Hoje à tarde, igualmente em Bruxelas, realiza-se um Conselho extraordinário de ministros da Justiça e do Interior dos "25", convocado pelo Reino Unido, actualmente na presidência da UE, para discutir o reforço do dispositivo europeu anti-terrorista.