A United Airlines, a segunda maior companhia de aviação dos EUA, apresentou falência, esta segunda-feira, sucumbindo a meses de agonia financeira. Este é o maior processo de falência no sector norte-americano no espaço de uma década.
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O pedido de falência da United Airlines surge após um fim-de-semana de reuniões da administração destinadas a conseguir uma última linha de salvação para a agonia financeira que afecta a empresa há mais de um ano.
A falência da companhia de aviação, a maior na história da aviação norte-americana, tornou-se quase inevitável quando, na passada quarta-feira, o governo norte-americano recusou um empréstimo de cerca de 1,8 mil milhões de dólares alegando a pouca viabilidade do plano de reestruturação da empresa.
Na altura, um painel de avaliadores federais considerou que o plano de reabilitação da empresa se baseava numa recuperação irrealista dos rendimentos e que as negociações salariais destinadas a reduzir custos falharam em reduzir os avultados custos da empresa.
Sem dinheiro para pagar um empréstimo de 300 milhões de dólares, findo esta segunda-feira, a companhia não teve outra solução senão pedir a protecção dos credores, segundo avançaram executivos da empresa.
Em comunicado, a UAL explica que o pedido de falência e protecção dos credores ao abrigo do capítulo 11 vai facilitar a reestruturação financeira a longo prazo da companhia de aviação, permitindo, ao mesmo tempo, manter o funcionamento normal da mesma.
Da mesma forma, a empresa explica que vai continuar a operar no resto do mundo, respeitando os compromissos assumidos com os seus clientes.
«Durante os próximos meses, a UAL vai trabalhar com os seus credores, os responsáveis sindicais, empresários e accionistas para desenvolver um plano de reorganização que servirá de modelo para a recuperação da United», esclareceu a empresa em comunicado, sublinhando que a UAL detém , actualmente, os custos mais elevados do sector.