O desenvolvimento efectivo da vacina contra a malária começa hoje a ser testado no continente africano. A equipa científica britânica está confiante e acredita que o medicamento pode estar pronto nos próximos cinco ou 10 anos.
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Um grupo de cientistas britânicos desenvolveu aquela que pode vir a ser a primeira vacina eficaz contra a malária.
As primeiras experiências têm lugar hoje em África e, se se revelar eficiente, a vacina protagoniza a esperança para a doença que ceifa um milhão de vidas por ano, com o perigo agora de atingir o continente europeu.
Os testes começam a ser feitos na Gâmbia por cientistas da Universidade de Oxford.
O professor Adrian Hill, do departamento de medicina, diz que a vacina é baseada em fragmentos do DNA do próprio mosquito, parasita e transmissor da doença.
Vacinas anteriores contra a malária, responsável por um quarto da mortandade infantil em África, apenas conseguiram atacar o parasita imediatamente antes de penetrar nas células humanas.
A equipa de Oxford afirma que os testes feitos em voluntários ingleses deliberadamente infectados pela malária, foram bem sucedidos. Hill adiantou que o novo medicamento poderá estar disponível nos próximos cinco ou 10 anos.
Um dos coordenadores do programa experimental, Vasse Moorthy, afirma que «a menos que uma vacina seja desenvolvida, os casos de malária e as mortes continuarão a progredir nos próximos anos e podem mesmo espalhar-se para o sul da Europa e América, de onde já tinha sido erradicada».