Pela primeira vez, uma vacina contraceptiva para elefantes foi testada com sucesso. O novo método, além de ajudar a controlar a natalidade da espécie, poderá acabar com o isolamento dos animais que, por serem demasiado idosos, já não se podem reproduzir.
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Experiências levadas a cabo no Parque Nacional de Kruger, na África do Sul, descobriram uma nova vacina que consegue reduzir em cerca de 70 por cento as hipóteses de contracepção entre os elefantes africanos.
Além de evitar a reprodução dos animais, o novo método impede que os elefantes mais velhos, que já não têm capacidade para se reproduzir, sejam afastados do grupo a que pertencem. É a primeira vez que uma vacina deste género é testada com sucesso em elefantes selvagens.
De acordo com um estudo publicado ontem na revista «Nature», a vacina, que foi desenvolvida por veterinários e cientistas das universidades de Georgia e da Pretória, é reversível e não afecta o comportamento dos animais.
Tentativas anteriores para criar uma forma de contracepção para os elefantes haviam falhado devido ao facto dos métodos contraceptivos serem baseados em hormonas.
Este método fazia com que as fêmeas se afastassem dos grupos em que estavam inseridas, além de aumentar a agressividade e o desejo sexual dos elefantes machos.
Pelo contrário, a nova vacina leva o sistema imunitário dos elefantes a produzir anticorpos que impedem a fertilização.