O ministro da Saúde, Correia de Campos, afirmou hoje, em Santo Tirso, que as vagas para médico de família no próximo internato médico aumentarão dos actuais 25 para 30 por cento.
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Segundo Correia de Campos, «quando este Governo iniciou funções havia no internato médico apenas 11 por cento de vagas para médicos de família, mas neste momento já são 25 por cento e no próximo internato serão 30 por cento».
O ministro, que falava aos jornalistas durante uma visita à unidade de saúde familiar da Ponte Velha, em Santo Tirso, frisou que a resolução da «questão da falta de médicos de família é uma prioridade da sua acção no Governo».
«Quando chegámos ao Governo, havia 790 mil portugueses sem médico de família, número que já foi reduzido em 125 mil», frisou o ministro.
Correia de Campos garantiu ainda que o aumento das vagas para médico de família será possível também pela maior disponibilidade de médicos que o fecho «das falsas urgências e de serviços de atendimento permanente com poucos doentes» trará para o sistema.
O ministro sublinhou que o «expurgo» das listas de doentes que está em curso com a colaboração do Ministério da Justiça (através do cruzamento com as listas das certidões de óbito) permitirá conhecer qual o número real de doentes por médico que existe em Portugal.
Sobre a entrada em vigor da nova lei do tabaco e a proibição do fumo nos estabelecimentos de restauração e hotelaria, o Correia de Campos salientou que todos os estudos indicam «um apoio largamente maioritário da população à medida».
«Não há mais do que 30 por cento de fumadores com mais de 18 aos na população portuguesa», afirmou o ministro.
No que respeita a uma eventual remodelação governamental, Correia de Campos afirmou-se «nada incomodado» quanto a essa eventualidade.
Questionado sobre o facto de ser apontado como um
dos ministros «mais remodeláveis» do actual elenco governativo, Correia de Campos desvalorizou a questão.