O ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo foi hoje condenado, em cúmulo jurídico, a sete anos e meio de cadeia por falsificação de documentos e burla qualificada num processo que envolve a família Dantas da Cunha.
Corpo do artigo
No âmbito deste processo, João Vale e Azevedo foi condenado a três anos de prisão por um crime de falsificação de documentos e a seis anos por um crime de burla qualificada, ficando a pena em cúmulo jurídico em sete anos e seis meses.
Vale a Azevedo e o Benfica foram absolvidos do crime de abuso de confiança fiscal relacionado com o clube.
A notária Lídia Menezes foi condenada por um crime de falsificação a uma pena de três anos, cuja execução fica suspensa por cinco anos.
O seu advogado, Magalhães e Silva, anunciou já que vai recorrer da decisão.
O advogado que representa o Benfica, José Marxueta, manifestou-se satisfeito com a absolvição do clube do crime de abuso fiscal e considerou «que se fez justiça».
O acórdão dos dois processos foi lido pelo presidente do colectivo de juízes, Renato Barroso, no tribunal da Boa Hora, em Lisboa.
O caso "Dantas da Cunha" remonta a 1997 e envolve a alegada falsificação de procurações para obter, «à revelia e sem autorização de Pedro Dantas da Cunha», poderes para hipotecar um imóvel localizado no Areeiro (Lisboa) como garantia de um empréstimo no valor de 1,5 milhões de contos (7,5 milhões de euros) contraído junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD).