O partido Os Verdes protestou contra o facto de se manterem as 18 extracções de areia no rio Tejo, depois de se ter aberto um concurso público para a obtenção de licenças. Os Verdes consideram-nas um «atentado ambiental»
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Os Verdes protestaram contra a manutenção das 18 extracções de areia no Tejo, após a abertura de concurso público para obtenção de licenças, e consideram-nas um «atentado ambiental».
Manuela Cunha, dirigente do partido, disse à Lusa que a abertura do concurso público para a extracção de inertes «pode contribuir para uma gestão transparente» das explorações, mas não resolve a questão ambiental.
Os Verdes querem conhecer o estudo que o ministério do Ambiente se comprometeu a realizar com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que determinou a área de intervenção ideal para aquele negócio.
O ministério esclareceu, na abertura dos concursos, que estes se destinavam a uma área entre Abrantes e Azambuja, determinada com base num estudo feito pelo LNEC durante dois anos, que fixava em 90 mil metros cúbicos anuais o volume máximo de extracção em cada local.
O partido ecologista critica as explorações em zonas ribeirinhas urbanas, como acontece no Cartaxo e em Santarém, e afirmam que se trata de «um lobby poderoso» que pressiona a Direcção Regional de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo.
Manuela Cunha sublinhou ainda que a abertura do concurso «protela e aumenta as situações gravosas», e diz que o desassoreamento do leito do rio tem que se fazer «sem danificar ecossistemas».
Os Verdes pediram hoje uma audiência à Comissão Parlamentar de Ambiente da Assembleia da República, para que José Sócrates, o ministro do Ambiente, esclareça esta situação.