O vice-presidente do PSD acusou, esta sexta-feira, os ex-secretários-gerais de quererem derrubar o líder do partido. Em resposta, Miguel Relvas disse que querem antes um modelo de organização «o mais transparente e ético possível».
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O vice-presidente do PSD considerou, esta sexta-feira, que a carta de dez ex-secretários-gerais a contestar as alterações aos regulamentos internos do partido constitui «uma campanha para destruir e derrubar o líder» Luís Filipe Menezes.
«É apenas mais um pretexto, dentro de uma escalada, de um grupo de pessoas no partido que, por grandes individualidades que sejam, pretendem subverter aquilo que foi a vontade esmagadora da maioria dos militantes», disse Mendes Bota.
O vice-presidente do partido acrescentou que «os militantes querem ser tratados como pessoas de bem e não podem ser apelidados como pessoas que querem fazer um golpe de estado no partido».
Entretanto, Miguel Relvas, um dos subscritores da carta, recusou as acusações, frisando que tem uma «relação pessoal de estima e de amizade de muitos anos» com Luís Filipe Menezes.
«Esta questão não é pessoal, mas política e muito séria, que tem a ver com o modelo de organização do PSD», acrescentou.
Para Miguel Relvas, o PSD «tem de ter um modelo de organização o mais transparente e ético possível para que o possa exigir também às outras forças politicas e para que possa ser credível aos olhos dos portugueses».
Na carta entregue ao presidente do Conselho Nacional do partido, Ângelo Correia, os ex-secretários-gerais do PSD pedem «um prazo» para o «debate interno» sobre as alterações aos regulamentos propostas pela direcção de Luís Filipe Menezes.