O vírus do Nilo Ocidental está-se a espalhar pelos Estados Unidos mais rapidamente do que se temia, disseram este sábado as autoridades norte-americanas depois de terem descoberto pelo menos um corvo infectado no estado de Winsconsin, no centro do país.
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Foi encontrado um outro pássaro morto perto de Milwaukee, no Winsconsin, estando agora a ser analisado depois dos primeiros testes terem sido inconclusivos.
Apesar do vírus, que foi detectado pela primeira vez naquela zona em 1937, infectar diariamente apenas os pássaros, pode transmitir-se aos seres humanos através de picadas de mosquito que tenham estado em contacto com as aves. Também não é possível que o vírus seja transmitido de pessoa para pessoa.
O vírus foi detectado em 18 estados norte-americanos desde 1999 e já provocou pelo menos nove mortos num total de quase 90 casos de infecção.
Na maioria dos infectados, os sintomas são idênticos aos da gripe, ou seja, dores de cabeça. Contudo, nas pessoas mais velhas, ou naquelas cujo sistema imunológico está debilitado, o vírus reproduz-se no fluxo sanguíneo e pode chegar a provocar encefalites, coma e a morte.
Até agora não existe uma vacina e na maioria dos casos o tratamento mais eficaz consiste em descansar, ventilação e administração de fluidos intravenosos de forma a prevenir infecções secundárias.
Os peritos pensam que o vírus do Nilo Ocidental foi transportado para os Estados Unidos por um pássaro ou um ser humano infectado que regressava de alguma zona onde este é mais habitual, como a África, o sudeste Asiático ou o Médio Oriente.