Os observadores internacionais consideram que as presidenciais de domingo na Guiné-Bissau decorreram de forma «livre, justa e transparente», com uma participação «maciça» dos pouco mais de 538 mil eleitores inscritos.
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Num comunicado conjunto, lido pelo chefe da missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Luís Oliveira Viegas, as delegações signatárias apelam aos «actores políticos» para que «mantenham a mesma dinâmica de paz e de consenso» e que «aceitem o veredicto que vai sair das urnas».
As oito missões internacionais, que enviaram um total de mais de 150 observadores eleitorais, consideraram ainda que a campanha, que se desenrolou de 28 de Maio a 17 deste mês, decorreu de forma «calma e serena».
No curto comunicado, os observadores felicitaram o povo guineense e a sociedade civil local pela «maturidade» demonstrada, bem como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) pela «boa organização» do processo eleitoral.
As oito instituições congratularam-se ainda com a «óptima coordenação» das acções dos observadores internacionais, a cargo do representante do secretário-geral da ONU e também chefe do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), o coronel moçambicano João Bernardo Honwana.
Horas antes, a União Europeia (UE), que enviou para a Guiné-Bissau cerca de 90 observadores, tinha chegado à mesma conclusão, indicando que todo o processo eleitoral cumpriu os critérios definidos pelos «25» para que se possa considerar que todo o processo eleitoral decorreu de forma «democrática, livre, justa e transparente».
Os resultados oficiais das presidenciais guineenses só deverão ser divulgados pela CNE na próxima quarta-feira, embora circulem por Bissau dados oficiosos, alguns deles obtidos pela Lusa através dos representantes dos principais candidatos, que, porém, estão longe de coincidir.
À votação, para o que estavam inscritos 538.471 eleitores, apresentaram-se 13 candidatos, entre eles três ex-presidentes, que disputam entre si os dois lugares de uma mais do que previsível segunda volta.