
Este é um dos hábitos de mobilidade apontados no Barómetro de Mobilidade da Europ Assistance para 2025. Os resultados deste inquérito vão ser motivo de debate numa talk sobre Tendências da Mobilidade que terá transmissão dia 15 de abril na TSF, pelas 11 horas.
Corpo do artigo
A viatura pessoal, andar a pé e os transportes públicos são as três principais escolhas de mobilidade dos portugueses. No caso do carro próprio, Portugal está acima da média europeia (28%), com 32% dos inquiridos a afirmar ser este o seu meio de transporte durante mais de uma hora aos dias de semana. Em contraste, mais de metade das deslocações de casa para o trabalho dos portugueses continuam a cumprir uma distância inferior a 10 Km.
Estes e outros dados do 3º Barómetro de Mobilidade Europ Assistance vão servir de base à Talk “Tendências de Mobilidade 2025”, com transmissão dia 15 de abril, às 11h00, na TSF. O painel será composto por João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal, Pedro Sobral, Service & Operations Director da Ayvens, e Bernardo Campos Pereira, especialista de mobilidade na Lisboa E-Nova e doutorado em políticas públicas. A moderação estará a cargo de Ana Maria Ramos.
Principais conclusões do Barómetro Mobilidade 2025
De maneira geral, os dados do 3º Barómetro de Mobilidade da Europ Assistance verificaram uma estabilidade geral nos hábitos dos europeus, com a deslocação a pé e a utilização de viatura pessoal a manterem-se como os dois principais meios de mobilidade. O barómetro foi realizado pela Ipsos, através de um inquérito online a 9.000 indivíduos (amostras nacionais representativas de 1.000 pessoas com mais de 18 anos por país) em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Itália, Alemanha, Áustria, Chéquia e Suíça, tendo decorrido entre os dias 17 de dezembro de 2024 e 13 de janeiro de 2025.
Relativamente a opções de mobilidade mais amigas do ambiente, a maioria dos europeus afirmou possuir uma bicicleta pessoal, com principal destaque para a Chéquia, Áustria e Itália. Do outro lado do espectro, Portugal, Espanha e França são os países mais abaixo da média europeia na utilização de bicicletas. No caso português, e face aos resultados de 2024, não houve inclusive evolução no uso deste meio de transporte, apesar de haver a intenção de utilizar, no futuro, bicicletas e trotinetes partilhadas. Já as bicicletas elétricas continuam a registar, a nível europeu, uma tendência de crescimento positivo, com uma utilização mais frequente face a anos anteriores. No entanto, e em contraciclo com os outros países, em Portugal há uma menor intenção de utilização de bicicletas elétricas. Comparativamente com 2020, em Portugal regista-se ainda uma tendência para andar mais a pé, a utilizar mais os transportes públicos e a preferir opções de táxi e TVDE.
Os custos com combustível, portagens, estacionamento, transportes públicos, aluguer de bicicletas, trotinetes e TVDE, juntamente com motivos ambientais, são os dois dos principais indicadores que motivam as escolhas de mobilidade dos europeus. A média do orçamento mensal com mobilidade na Europa são 159€, sendo que em Portugal a média situa-se abaixo deste valor, apesar de ter aumentado 5€ no último ano para 137€ de gasto mensal.
No top 3 de opções de mobilidade dos portugueses estão a viatura própria, andar a pé e os transportes públicos, como revela o 3º Barómetro de Mobilidade Europ Assistance que vai servir de base à Talk “Tendências de Mobilidade 2025”, com transmissão dia 15 de abril, às 11h00, na TSF.
Mercado de usados em destaque em Portugal
Cerca de 57% dos automóveis comprados em Portugal são veículos usados, em comparação com os 46% da média europeia, ou dos 25% da vizinha Espanha. No que diz respeito ao ano de aquisição, a maioria dos veículos europeus foram adquiridos depois de 2020. No caso português, destaque para ser o país inquirido com a maior percentagem de veículos adquiridos antes de 2010.
A propriedade de viaturas pessoais continua a ser generalizada nos países alvo do inquérito, sendo que os veículos equipados com motor de combustão interna continuam a representar a maioria do parque automóvel em toda a Europa. Apenas 13% dos veículos apresentam outros tipos de propulsão, valor que se apresenta estável relativamente a 2024. Apesar destes números, um em cada quatro europeus mostra interesse na aquisição de um veículo elétrico, embora este valor tenha registado uma ligeira diminuição em comparação com o ano passado, tendo as intenções de compra em Portugal de um veículo elétrico diminuído fortemente. As principais barreiras à adoção de veículos elétricos concentram-se nos elevados custos de aquisição, estando os consumidores mais inclinados para a aquisição de motores híbridos. No que respeita aos serviços que poderiam apoiar o uso ou a consideração de veículos elétricos, o mapeamento de estações de carregamento continua a ser o serviço mais valorizado, seguido da assistência em viagem específica para veículos elétricos, tendência também observada em Portugal.
Noutro aspeto, mais de um terço dos europeus considera que possui uma cobertura de seguro adequada quando utiliza dispositivos de micromobilidade ou bicicletas. O potencial para serviços de assistência ou seguro associados às bicicletas mantém-se elevado, com mais de metade dos proprietários de bicicletas a afirmar estar disposto a considerar uma apólice de seguro ou um serviço de assistência, principalmente para receber apoio em caso de acidente.
O interesse por seguros pessoais (seguros que cobrem a pessoa, independentemente do meio de transporte utilizado) permanece sólido, com quase metade dos europeus a demonstrar interesse, valor que reflete uma tendência de estabilidade.
